Quando o filho chega à adolescência pode ser o início de um período conturbado na relação com entre pais e filhos.
Além das mudanças biológicas, ocorrem também alterações comportamentais que podem ocasionar conflitos familiares.
De acordo com a psicóloga Cintia Aparecida Barbizan, um dos principais conflitos é a divergência de opiniões, “Quando chega a adolescência, a maioria dos jovens começa a formar as suas próprias opiniões e passa a não aceitar mais que os pais imponham a sua vontade. Assuntos como estudos, namoro e diversão passam a ser fonte de discordância entre a família, podendo levar a grandes discussões e desentendimentos”.
Ao mesmo tempo em que os pais devem corrigir comportamentos errados, é necessário dar espaço para que o adolescente entenda a responsabilidade que ele tem perante suas atitudes.
A psicóloga explica que a melhor forma de corrigir o comportamento errado é ouvir o adolescente e aplicar sanções de acordo com o erro cometido. “Se o jovem agiu de forma errada ele precisa ter a consequência de seu ato, seja retirando algo de que ele goste ou fazendo arcar com a sua postura inadequada”. Para os pais, buscar o equilíbrio entre evitar excessos e ao mesmo tempo manter a proximidade com os filhos não é tarefa fácil.
Cintia aconselha que os pais procurem sempre ser abertos ao diálogo. “Antes de qualquer atitude é preciso ouvir o que o filho tem a dizer, entender seu ponto de vista e, então, decidir qual atitude tomar”. Ela destaca que o diálogo é a ferramenta mais importante que os pais têm para lidar com os filhos, independente da faixa etária em que eles estão.
Diálogo e Liberdade
“É saudável que os pais comecem a dar um pouco mais liberdade para eles se exporem à diferentes situações, como permitir que organizem suas próprias coisas, participem das decisões familiares e frequentem festas apropriadas para a idade”, Cintia Aparecida Barbizan
“O diálogo deve ser construído desde que os filhos ainda são pequenos. É um grande erro pensar que as crianças não são capazes de dizer o que pensam ou sentem. Apenas valorizando a conversa entre pai e filho é que se torna possível construir uma relação de confiança e respeito quando os filhos crescem”.